terça-feira, 16 de agosto de 2011

Programa Cinema e Som - Greta Garbo

A atriz sueca Greta Garbo atuou entre 1920 e 1941 e abandonou as telas aos 36 anos. Nascida em Estocolmo, em 1905, Garbo, ainda criança, apaixonou-se pelo cinema e costumava encenar peças nas ruas. Estreou nas telas ainda adolescente, em filmes publicitários e estudou interpretação na Academia Real de Teatro Dramático Sueco.

Realizou seus primeiros filmes, A lenda de Costa Berling e A Rua das Lágrimas, na década de 1920. Aos 19, após chamar a atenção do presidente da Metro Goldwin Mayer, Louis Mayer, Greta Garbo foi contratada pelo estúdio e mudou-se para Hollywood. Enfrentou os desafios do idioma, fez dieta, alisou os cabelos e tratou os dentes, antes de estrear seu primeiro filme norte americano, em 1926, Os Proscritos, e agradar público, crítica e os seus próprios contratantes. A partir daí, foram quase duas décadas de sucesso.

No cinema mudo, se destacou na maneira de expor suas emoções pela expressão facial, mãos e andar, e exigir menos legendas que outros atores. O longa O Beijo foi o último filme mudo de sua carreira. Depois vieram interpretações que valeram a Greta Garbo duas indicações ao Oscar. Por Anna Christie, seu primeiro filme falado, em que interpretou uma prostituta e Romance, onde foi uma cantora de ópera, ambos de 1930. De contrato renovado com a MGM e com o direito de determinar quase toda a produção de seus filmes, a atriz realizou Grande Hotel, em 1932, premiado com o Oscar de melhor filme. É nele que Garbo, interpretando uma bailarina que não acredita no amor, diz a frase que marcou sua vida pessoal I want to be alone, Eu quero estar sozinha. Ainda recebeu outras duas indicações à Academia por A Dama das Camélias, de 1936, em que vive uma cortesã, e a comédia romântica Ninotchka, de 1939.

No final dos anos 30, após Duas Vezes Meu, com direção de George Cukor, surgiram os primeiros sinais de enfraquecimento profissional de Garbo, com as críticas negativas ao filme. Fosse pela tentativa do diretor de modificar a maneira de atuar de Garbo, ou pelo próprio desejo da atriz em desistir do papel, a verdade é que ela decidiu dar um tempo em sua carreira, vindo a encerrar o contrato com a MGM em 1943.

Ainda solicitada em eventos sociais e em novas atuações, Garbo refugiou-se em Nova York, onde viveu os últimos 50 anos de vida, evitando qualquer contato com a imprensa. Faleceu de pneumonia, aos 85 anos, em 1990. A atriz que tinha pavor de multidões e se recusava a dar autógrafos e entrevistas, jamais se casou ou teve filhos. E ao receber o Prêmio Honorário do Oscar, em 1955, recusou-se a ir à cerimônia.

Apenas de nunca ter vencido um Oscar, a atriz foi premiada duas vezes pela Associação dos Críticos de Cinema de Nova Iorque. Pela atuação em Anna Karenina de 1935, e A Dama das Camélias de 36.

Por Rafaella Arruda.

(Programa Cinema e Som - ELOFM)

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