quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Programa Cinema e Som - Laranja Mecânica

O clássico Laranja Mecânica, de 1971, dirigido por Stanley Kubrick, é uma adaptação do romance homônimo do escritor inglês Anthony Burgess, de 1962.

No filme, o personagem Alex, interpretado por Malcolm MacDowell, é líder de uma gangue de jovens que tem como diversão praticar a violência gratuita em uma Inglaterra futurista, mas sem época determinada. Obsceno, adepto de uma linguagem peculiar que mescla gírias e dialetos eslavos e apaixonado por música clássica, em especial Beethoven, Alex comete seus sadismos em meio a cantorias e agitação.

Numa destas investidas, após ser atacado, Alex é preso, sentenciado e submetido a um método clínico experimental conhecido como Ludovico, com a intenção de combater sua personalidade doentia e agressiva. O tratamento de choque, que tem como uma das estratégias exibir ao paciente imagens ininterruptas de sexo e violência, terá um efeito devastador na vida de Alex. Principalmente quando ele retornar às ruas e ao contato com a sociedade.

Indicado ao Oscar de melhor filme, diretor, roteiro adaptado e edição, Laranja Mecânica tornou-se uma obra prima do cinema e uma das referências do trabalho de Stanley Kubrick. O longa conquistou ainda as premiações de melhor filme e melhor direção pelo Prêmio de Críticos de Cinema de Nova York.

Por Rafaella Arruda

(Programa Cinema e Som - ELOFM)




sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Programa Cinema e Som - Roman Polanski

Roman Polanski, nascido em Paris em 1933, é considerado um verdadeiro cineasta internacional por realizar filmes na Polônia, Inglaterra, França e Estados Unidos. Polanski passou a viver na Polônia aos 3 anos, pouco antes de iniciar a 2ª Guerra Mundial. Durante a invasão alemã ao país, em 39, viu os pais serem enviados a campos de concentração e aos 7 conseguiu escapar do gueto de Cracóvia, sobrevivendo em refúgios. Com o fim da guerra, reencontrou o pai, frequentou escola técnica e estudou cinema.

Os primeiros curtas realizados falavam de estranhas relações humanas com o uso de humor negro. Seu longa de estreia, o suspense A Faca na Água, de 1962, foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Após abandonar a Polônia, Polanski foi para a França e após Inglaterra. Com Repulsa ao Sexo, em 65, e Armadilha do Destino, em 66, conquistou os Ursos de Prata e Ouro no Festival de Berlim.

Em 68, já em Hollywood, realizou O Bebê de Rosemary, sobre uma jovem grávida que ao lado do marido passa a ser amedrontada por seguidores de uma estranha seita. Um ano após dirigir esse terror psicológico, Roman Polanski enfrentou uma tragédia. A esposa Sharon Tate, grávida de 8 meses, foi brutalmente assassinada por um grupo de fanáticos liderado por Charles Manson.Em 74, realizou em solo americano o premiado Chinatown, com Jack Nicholson e Faye Dunaway sobre investigação de um detetive particular envolvendo traição e assassinato. O filme recebeu 11 indicações ao Oscar, vencendo o de melhor roteiro original.

Como protagonista e diretor no suspense O Inquilino, de 76, Polanski encerrou a Trilogia do Apartamento, precedido de Repulsa ao Sexo e O Bebê de Rosemary. No ano de 77, após ser condenado nos Estados Unidos por manter relação sexual com uma jovem de 13 anos, o cineasta saiu do país para evitar a prisão e passou a viver na França.

Nos anos seguintes realizou Tess, de 79, romance adaptado dedicado à memória de sua esposa; a comédia Piratas em 86, e os suspenses A Morte e a Donzela, em 94 e O Último Portal, em 99.Em 2002, com o premiado O Pianista, Polanski reviveu a própria história ao retratar as memórias de músico polonês judeu durante invasão alemã na 2ª Guerra Mundial. O cineasta faria ainda Oliver Twist em 2005, adaptação do clássico de Charles Dickens e o suspense O Escritor Fantasma em 2010, Urso de Prata em Berlim de melhor direção.

Após ser preso na Suíça em 2009, devido ao pedido de extradição pelos Estados Unidos, Polanski finalmente conquistou a liberdade no ano seguinte. O mais recente trabalho do cineasta é o drama Deus da Carnificina, adaptação de peça teatral homônima exibida na Broadway, Europa e Brasil.

Por Rafaella Arruda

(Programa Cinema e Som - ELOFM)