sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Scarface - Novo trailer



O clássico de Brian de Palma, de 1983, será lançado brevemente em Blue Ray.

Programa Cinema e Som - O Fabuloso Destino de Amélie Poulan

O Fabuloso Destino de Amelie Poulan, coprodução franco alemã de 2001. A comédia romântica, com doses de drama e fantasia, tem direção de Jean Pierre Jeunet, cineasta conhecido por criar universos fantásticos e dar grande importância aos acasos da vida real.

Com roteiro original de Jeunet e Guillaume Laurant premiado pelo BAFTA, o filme retrata a vida de uma Paris contemporânea pelos olhos de Amélie. Uma garota ingênua, com imaginação fértil, que mesmo mergulhada em sua própria solidão decide ajudar todos a sua volta. Interpretada pela francesa Audrey Tatou, que se tornou mundialmente conhecida após o papel, Amélie Poulan chega à vida adulta após uma infância confusa ao lado de pais neuróticos que não a permitiam ir à escola ou mesmo conviver com outras crianças.

Depois de abandonar a vida com a família, a jovem passa a trabalhar como garçonete. Certo dia, após encontrar uma caixa escondida no banheiro de sua casa, pertencente ao antigo morador, decide devolver o objeto ao dono. Surpreendida com a reação emocionada do senhor diante da lembrança, a moça transforma sua visão de mundo. Torna-se assim, através de pequenos gestos, uma espécie de heroína, cuja função é ajudar as pessoas ao seu redor. Para isso, planeja esquemas complexos e secretos, e nessa nova empreitada, acaba descobrindo o amor.

O Fabuloso Destino de Amelie Poulan, sucesso de crítica e bilheteria, transmite a sensação de que é possível encontrar a felicidade nos pequenos detalhes da vida. Indicado ao Oscar em cinco categorias, sendo direção de arte, fotografia, filme em língua estrangeira, melhor roteiro original e melhor som, o filme recebeu ainda outros 51 prêmios e 46 indicações ao redor do mundo, além de ter sagrado-se melhor filme pelo European Film Awards. Destaque também à fotografia da obra, que valoriza as cenas através da iluminação e sobreposição de cores.

A trilha sonora do filme é toda composta pelo músico francês Yann Tiersen, que ganhou fama mundial após Amelie Poulan. Além das canções criadas especialmente para o filme, outras foram lançadas em álbuns anteriores de Yann, como A Quai, parte do 3º álbum do músico de 2000. As 20 canções que fazem parte da trilha de Amelie Poulan, com sonoridade peculiar, oferecem um clima lúdico e fantástico que se adapta à temática do filme. Assim, a união trilha e história torna-se inspiração não somente aos personagens, mas também ao público.

Por Rafaella Arruda
(Programa Cinema e Som - ELOFM)


Programa Cinema e Som - Acossado

Acossado, produção francesa de 1960 e longa metragem de estreia do cineasta Jean Luc Goddard. O filme é um dos expoentes da nouvelle vague, movimento da década de 1960 que inovou a forma de se fazer cinema em contraponto à tradição cinematográfica hollywoodiana e da própria França.

Filmado em preto e branco, com roteiro de Goddard baseado em história do também cineasta francês François Truffaut, Acossado acompanha os personagens Michel Poiccard e Patricia Franchisi. Após roubar um veículo e matar um policial, Michel, vivido por Jean Paul Belmondo, passa a ser perseguido pela polícia e por isso, precisa se manter escondido. Ao lado da jovem americana Patrícia, personagem de Jean Seberg, o aventureiro cometerá outros delitos, ao mesmo tempo em que viverá um romance incomum, sempre na tentativa de conquistá-la e convencê-la a partir com ele para a Itália.

O longa traz às telas uma direção inovadora. Alguns exemplos são a montagem com cortes em momentos inesperados, que dão a sensação de descontinuidade; a fala de Michel em direção ao espectador; e as tomadas demoradas de Patrícia em close enquanto ouvimos a voz do parceiro Michel, fora de quadro. O filme ainda faz menção ao cinema americano, como nos momentos em que Michel passa o dedo nos lábios em referência ao ator Humprey Bogard.

Michel e Patricia são personagens que fogem do estilo conservador. Ele, constantemente envolvido em trapaças, parece não se preocupar muito com as consequências de seus atos. Ela, aspirante à carreira de jornalista e vendedora de rua do New York Herald Tribune, inova na aparência e atitudes. Usa cabelos curtos, dispensa o uso de sutiã e admite já ter se relacionado com sete homens diferentes. Desta maneira, em relação aos seus antecessores no cinema, Acossado inova não apenas na técnica, mas na temática ousada quanto a comportamento e postura diante da vida, como nas indagações sobre a morte, a tristeza e o nada.

O filme, vencedor do prêmio Urso de Prata em Berlim, foi indicado também ao Urso de Ouro e ao BAFTA de melhor filme estrangeiro. Em 1983, Acossado ganhou uma refilmagem nos Estados Unidos com o título A força do amor, estrelado por Richard Gere.

Por Rafaella Arruda
(Programa Cinema e Som - ELOFM)


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Homenagem a Robert de Niro

Tributo a um dos maiores atores da história do cinema...


Inigualável...

Programa Cinema e Som - Al Pacino


 Al Pacino é um dos grandes nomes do cinema mundial que marcou a geração de atores da década de 1970 e que, ainda hoje, permanece como um dos ícones da 7ª arte. De descendência italiana, nascido no Bronx, em Nova York, no ano de 1940, teve a carreira marcada por personagens que se tornariam clássicos. Entre eles, Michael Corleone, na trilogia O Poderoso Chefão, o policial Serpico no drama homônimo de 1973 e Tony Montana, um cubano que se tornou milionário com o tráfico de drogas em Scarface, de 1983. Todos marcados por forte personalidade, senso moral e ímpetos à violência.

Ainda jovem, Alfredo James Pacino tinha o costume de ir aos cinemas e depois imitar as vozes e frases dos atores que gostava. Participou de peças na escola, estudou teatro, e em 1966 ingressou na famosa escola de interpretação Actors Studio. Sua estreia no cinema foi em 1969 com Me, Natalie, três anos antes da grande oportunidade de sua carreira, quando foi escolhido pelo cineasta Francis Ford Coppola para viver Michael Corleone no clássico sobre a máfia italiana nos Estados Unidos, O Poderoso Chefão. O filme, inspirado no livro de Mario Puzo sobre a história da família Corleone, revelou o ainda pouco conhecido Al Pacino ao público e rendeu a ele sua primeira indicação ao Oscar como ator coadjuvante.

Na sequência, as atuações em Serpico, O Poderoso Chefão II e Um dia de cão, este sobre um trágico assalto real ocorrido em um banco, renderiam a Al Pacino três indicações consecutivas ao Oscar como melhor ator. Em 1979, outra indicação à categoria pela atuação em Justiça para Todos. Em Scarface, filme de 1983 considerado pelo próprio Al Pacino como o mais popular de sua carreira, a indicação foi ao Globo de Ouro.

Afastado das telas por 4 anos, após o fracasso de crítica e de bilheteria de Revolução, de 1985, o ator resolveu dedicar-se novamente ao teatro. Retornou às telas no fim dos anos 80 com Vítimas de uma paixão e O Poderoso Chefão III. Recebeu mais duas indicações ao Oscar como coadjuvante, pela comédia Dick Tracy, de 1990, e ao viver um corretor de imóveis em O Sucesso a qualquer preço, de 1992. Em 1993, como Frank Slade, em Perfume de Mulher, Al Pacino finalmente foi agraciado com o prêmio da Academia e também Globo de Ouro. No drama, é um
ex-militar cego em viagem a Nova York que tem como acompanhante o jovem Charlie, vivido por Chris O'Donnell.

Ainda na década de 90 e 2000, Al Pacino estrelaria filmes como
Pagamento Final, Fogo contra fogo em que atuou ao lado de Robert de Niro, Advogado do Diabo, O informante, O Mercador de Veneza, uma adaptação de Shakespeare para as telas, e Angels in America, premiada minissérie de TV norte americana.

Por Rafaella Arruda
(Programa Cinema e Som - ELOFM)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Árvore da Vida

  
Árvore da Vida, drama com direção e roteiro de Terrence Malick, de 2011, é um filme sobre família e a relação do homem com Deus. A história é desencadeada a partir da morte de um dos três filhos da família O’Brien, durante a década de 1950, nos Estados Unidos. A tristeza que se abate sobre os pais, senhor e senhora O’ Brien (Brad Pitt e Jessica Chastain), e o filho mais velho, Jack (Hunter McCracken), levará a toda uma temática altamente subjetiva de questionamentos sobre a verdade divina.

Projetados às lembranças de um Jack já adulto (Sean Penn), mas não menos tocado pela tristeza e angústia desde a morte do irmão, ainda durante a adolescência, somos conduzidos à vida da família desde sua formação. O retrato é de uma família tradicional, com força na figura paterna e marcante sensibilidade maternal... Percebemos Jack desde o nascimento com a ótica de uma criança. A câmera baixa, que nos coloca a sua altura, e os planos longos em suas descobertas, como os primeiros passos e o ciúme diante do irmão recém-nascido, sensibiliza pela proximidade com seus atos e reações.

Em sua fase jovem, na convivência com os pais, irmãos e amigos, a narrativa descortina os conflitos familiares e o lado perturbador das novas experiências. Tenta-se explicar, assim, a fase presente de Jack como retrato de uma inocência perdida.

Mas o que mais encanta na direção de Malick são as reminiscências de vida apresentadas em um bloco descontínuo, permeadas por questionamentos de insatisfação diante de Deus e por visões que se assemelham a sonhos. Em um momento singular, como resposta à tragédia da perda de um filho, presenciamos um demorado espetáculo de imagens e melodia que remete às fases de criação do Universo. Cenas estrategicamente contrapostas às indagações da mãe diante do inevitável. Impossível não reagir à percebida pequenez de nossas aflições. Uma viagem consciencial que perdurará por todo o filme.

Com um desfecho tão ou mais subjetivo que a totalidade da obra, que possibilita interpretações à altura de nossos sonhos, Árvore da Vida é o espelho de uma mente comum diante da perda, saudade, frustração, arrependimento. É também essa mesma mente que, fruto ou não da criação divina, é capaz de redimir-se e libertar não só a si, mas também aqueles que mais amamos.

Por Rafaella Arruda

Programa Cinema e Som - Greta Garbo

A atriz sueca Greta Garbo atuou entre 1920 e 1941 e abandonou as telas aos 36 anos. Nascida em Estocolmo, em 1905, Garbo, ainda criança, apaixonou-se pelo cinema e costumava encenar peças nas ruas. Estreou nas telas ainda adolescente, em filmes publicitários e estudou interpretação na Academia Real de Teatro Dramático Sueco.

Realizou seus primeiros filmes, A lenda de Costa Berling e A Rua das Lágrimas, na década de 1920. Aos 19, após chamar a atenção do presidente da Metro Goldwin Mayer, Louis Mayer, Greta Garbo foi contratada pelo estúdio e mudou-se para Hollywood. Enfrentou os desafios do idioma, fez dieta, alisou os cabelos e tratou os dentes, antes de estrear seu primeiro filme norte americano, em 1926, Os Proscritos, e agradar público, crítica e os seus próprios contratantes. A partir daí, foram quase duas décadas de sucesso.

No cinema mudo, se destacou na maneira de expor suas emoções pela expressão facial, mãos e andar, e exigir menos legendas que outros atores. O longa O Beijo foi o último filme mudo de sua carreira. Depois vieram interpretações que valeram a Greta Garbo duas indicações ao Oscar. Por Anna Christie, seu primeiro filme falado, em que interpretou uma prostituta e Romance, onde foi uma cantora de ópera, ambos de 1930. De contrato renovado com a MGM e com o direito de determinar quase toda a produção de seus filmes, a atriz realizou Grande Hotel, em 1932, premiado com o Oscar de melhor filme. É nele que Garbo, interpretando uma bailarina que não acredita no amor, diz a frase que marcou sua vida pessoal I want to be alone, Eu quero estar sozinha. Ainda recebeu outras duas indicações à Academia por A Dama das Camélias, de 1936, em que vive uma cortesã, e a comédia romântica Ninotchka, de 1939.

No final dos anos 30, após Duas Vezes Meu, com direção de George Cukor, surgiram os primeiros sinais de enfraquecimento profissional de Garbo, com as críticas negativas ao filme. Fosse pela tentativa do diretor de modificar a maneira de atuar de Garbo, ou pelo próprio desejo da atriz em desistir do papel, a verdade é que ela decidiu dar um tempo em sua carreira, vindo a encerrar o contrato com a MGM em 1943.

Ainda solicitada em eventos sociais e em novas atuações, Garbo refugiou-se em Nova York, onde viveu os últimos 50 anos de vida, evitando qualquer contato com a imprensa. Faleceu de pneumonia, aos 85 anos, em 1990. A atriz que tinha pavor de multidões e se recusava a dar autógrafos e entrevistas, jamais se casou ou teve filhos. E ao receber o Prêmio Honorário do Oscar, em 1955, recusou-se a ir à cerimônia.

Apenas de nunca ter vencido um Oscar, a atriz foi premiada duas vezes pela Associação dos Críticos de Cinema de Nova Iorque. Pela atuação em Anna Karenina de 1935, e A Dama das Camélias de 36.

Por Rafaella Arruda.

(Programa Cinema e Som - ELOFM)

Programa Cinema e Som - Rocky, Um Lutador

Escrito e estrelado por Silvester Stallone, com direção de John Avildsen, o filme Rocky, Um Lutador, lançado em 1976, trata da vida de Rocky Balboa, um boxeador sem grandes ambições, de vida simples e com grande coração. Antes de ser um filme sobre boxe, é um drama sobre o homem comum, com suas fragilidades e sonhos. 

Sem grandes perspectivas na vida, Balboa vive sozinho, faz bicos para um agiota e busca conquistar Adrian, uma tímida vendedora de pet shop, irmã de seu melhor amigo Paulie. A oportunidade de mudar de vida surge quando o campeão mundial dos pesos médios, Apollo Creed, anuncia publicamente a intenção de enfrentar algum boxeador desconhecido do grande público. Na verdade, uma grande jogada de mídia. O Garanhão Italiano, nome de Balboa nos ringues, é o adversário escolhido. A disputa com Apollo é a chance de Rocky se sentir novamente um vencedor. Caberá a ele, com a ajuda do amigo e treinador Mickey, se preparar para a disputa com toda a garra e coragem possíveis. 

No elenco do filme, Talia Shire como Adrian, Burt Young, como Paulie, Burgess Meredith, como o incansável treinador de boxe, Mickey, e Carl Weathers como o campeão Apollo Creed. Rocky conquistou as premiações do Oscar e Globo de Ouro de melhor filme, além de melhor direção e montagem pela Academia. Indicações também para Stallone como roteirista e ator, feito alcançado anteriormente apenas pelos cineastas Charles Chaplin e Orson Welles. A produção coube a Robert Chartoff e Irwin Winkler, os mesmos que 4 anos depois realizariam Touro Indomável, outro filme de sucesso sobre a vida de um boxeador. 

Rocky, um Lutador, foi o primeiro de uma sequência de outros 5 filmes sobre o personagem. Em 2006, o drama Rocky Balboa, escrito, dirigido e estrelado por Silvester Stallone, fechou a franquia. 

A canção Gonna Fly, trilha de Rocky, Um Lutador é composta por Bill Conti, com letra de Carol Connors e Ayn Robbins, e interpretada por Deetta West e Nelson Pigford. Sempre embalando os árduos treinamentos de Rocky para as lutas, a melodia tornou-se um ícone cultural, foi indicada ao prêmio de melhor canção original no Oscar de 1977 e alcançou o nº 1 das paradas da Billboard no mesmo ano. Em Rocky, Um lutador, a música encerra-se com a subida do boxeador às escadas do Museu de Arte da Filadélfia, cena que se tornaria emblemática nas continuações do filme.

Algumas alterações na versão original da canção podem ser notadas nos demais filmes da série Rocky, como o acréscimo do coro de crianças em Rocky II. A melodia de Bill Conti fez tamanho sucesso, que foi usada como trilha em outros filmes, propagandas publicitárias, programas de rádio, campanha política, e é ainda hoje usada em eventos esportivos.

Por Rafaella Arruda

(Programa Cinema e Som - ELOFM)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Programa Cinema e Som - Amores Brutos

Amores Brutos - Produção mexicana de 2000 indicada ao Oscar como melhor filme estrangeiro. O drama é dirigido e produzido pelo mexicano Alejandro González Iñarritu, responsável por outros títulos premiados como 21 Gramas, de 2003, Babel, de 2006 e o mais recente Biutiful, produção de 2010, também indicada como melhor filme em língua estrangeira pela Academia. O roteiro é de Guillermo Arriaga, parceiro de Iñarritu em produções posteriores.

Os três personagens centrais de Amores Brutos lidam com diversas dificuldades e tem em comum o envolvimento com cães, o que traduz o título original do longa, Amores Perros, algo como Amores Caninos. Os personagens Octavio, Valeria e Chivo convivem com perdas, frustração e arrependimento e enfrentam conflitos íntimos e familiares. Determinados, buscam a superação, nem que para isso tenham que violar a si mesmos e aos outros.

A narrativa une essas três histórias a partir de um trágico acidente de carro que transforma radicalmente os destinos dos personagens. Cada vida retratada expõe simultaneamente a brutalidade e fragilidade humana. Ao mesmo tempo, a crueldade feroz no relacionamento com os animais intercala exemplos de compaixão e dedicação extremas.

O jovem Octavio, a bela modelo Valeria e o ex-guerrilheiro El Chivo são vividos por Gael García Bernal, Goya Toledo e Emilio Echevarría. As interpretações atraem pela emotividade e são pontos altos da trama.

Dentre dezenas de indicações e premiações, Amores Brutos conquistou, em 2002, a categoria de melhor filme estrangeiro pelo BAFTA, espécie de Oscar Britânico. Em Cannes, o diretor Alejandro Iñarritu conquistou o prêmio da crítica e teve seu filme aclamado como melhor produção também pela crítica jovem. Como primeiro longa metragem produzido em sua carreira, Amores Brutos rendeu a Iñarritu a atenção internacional e o projetou para outros sucessos.

A trilha sonora original do filme é conduzida pelo premiado músico argentino Gustavo Santaolalla. A trilha conta ainda com canções da banda mexicana de hip hop, Control Machete.

Por Rafaella Arruda

(Programa Cinema e Som – ELOFM)

Programa Cinema e Som - Touro Indomável

Touro Indomável - Clássico norte americano de 1980 considerado uma das referências do cinema da década. O longa, com direção de Martin Scorsese e produção de Robert Chartoff e Irwin Winkler, conta a história real do lutador de boxe Jake La Motta. O roteiro é de Paul Schrader e Mardik Martin, baseado em livro escrito pelo próprio La Motta, além de Joseph Carter e Peter Savage.

Touro Indomável é protagonizado por Robert De Niro no papel do pugilista peso médio Jake La Motta, que colecionou grandes vitórias nos ringues e uma vida pessoal repleta de desregramentos e problemas emocionais. Para interpretar o touro do Bronx, como era conhecido La Motta, Robert De Niro treinou boxe com o próprio pugilista, além de ter engordado 25 quilos para interpretá-lo após o fim de sua carreira de lutador.

Filmado em preto e branco, de forma a garantir maior realismo às cenas, Touro Indomável foi premiado com o Oscar de melhor ator para De Niro e melhor edição para Thelma Schoonmaker, além de ter sido indicado pela Academia em outras seis categorias, assim como pelo Globo de Ouro. O filme, considerado por parceria Scorsese e De Niro, tem ainda no elenco Cathy Moriarty, interpretando a mulher do lutador, Vicky La Motta, e Joe Pesci como Joey La Motta, irmão do pugilista. Ambos indicados ao Oscar e Globo de Ouro nas categorias de ator coadjuvante.

A trilha sonora, com edição de Jim Henrikson, alterna trechos da ópera Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni, com canções populares, como a brasileira Não tenho lágrimas, de 1937, interpretada por Patrício Teixeira.

Por Rafaella Arruda


(Programa Cinema e Som - ELOFM)