segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Programa Cinema e Som - A Doce Vida

A Doce Vida, clássico franco italiano do diretor Federico Fellini, passa-se em Roma e trata do jornalista de celebridades Marcello Rubini, personagem do italiano Marcello Mastroianni. Rubini é um jornalista que vive rodeado por colegas de profissão, belas mulheres e frequenta as mais diversas festas e badalações da rica e extravagante sociedade europeia. Em um de seus trabalhos conhece a bela e famosa atriz hollywoodiana Sylvia, personagem interpretada pela atriz sueca Anita Ekberg, por quem vive um de seus arrombos de paixão.

Uma das principais cenas do filme, em que durante a madrugada Sylvia se banha nas águas da Fontana de Trevi, assistida pelo fascinado jornalista, ficaria eternizada na história do cinema. Nos diferentes fragmentos de estória contidos em A Doce Vida, Rubini parece buscar um sentido para tudo, aparentemente insatisfeito com os relacionamentos vazios que mantêm com as amantes, os amigos e sua própria família. Por meio do jornalista, conhecemos a modernidade e sofisticação de Roma, mas também a arrogância e decadência de sua sociedade e a falta de limites de uma imprensa ávida por notícia, custe o que custar.

O drama A Doce Vida é considerado uma das referências da transição do neorrealismo italiano para um cinema mais simbólico, o que se tornaria uma das principais marcas do trabalho de Federico Fellini. O filme conquistou a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de melhor figurino em preto e branco, além de ter sido indicado à Academia aos prêmios de melhor direção, melhor roteiro original e melhor direção de arte, e ao BAFTA como melhor filme.

A trilha sonora do longa é composta pelo premiado músico italiano Nino Rota, que trabalhou com Fellini em diversas importantes produções como Abismo de um Sonho, de 1952, A Estrada da Vida, de 1954 e 8 ½ , de 1963. O músico foi responsável também pela trilha de outros clássicos como Romeu e Julieta, de Frank Zeffirelli, e O Poderoso Chefão e O Poderoso Chefão II, de Francis Ford Coppola.

Por Rafaella Arruda

(Programa Cinema e Som - ELOFM)

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